

Colaborativo de Inovação Tecnológica
de Aplicações de IA na Energia
EXORTAÇÃO
Assim como no passado a sociedade foi “industrializada” (a força dos músculos foi complementada pela energia mecânica das máquinas), hoje ela está sendo “digitalizada” (a inteligência humana está sendo complementada pela inteligência artificial).
As atuais transformações tecnológicas que estamos vivendo foram saudadas em 2016 pelo Fórum Econômico Mundial como a Quarta Revolução Industrial (4RI).
Estas transformações estão tornando possíveis várias mudanças sociais e econômicas significativas para as empresas e os países, quando os velhos modos de produção e o consumo de bens e serviços dão lugar a novos.
Os países que estão sabendo como aproveitar o poder das novas tecnologias estão colhendo um presente pródigo e um futuro sustentável [1, 2, 3].
Como bem falou Christopher Meyer no Prefácio do livro “The Open Innovation Marketplace: Creating Value in the Challenge Driven Enterprise” [4]:
Now, innovation capability is coming to be seen as the most productive asset - for an individual, a company, or a country.
Antigamente na Era Industrial a maioria dos trabalhadores não precisava ser inovadora. A maioria precisava seguir ordens e executá-las da melhor maneira possível. E na maioria do tempo não era necessário interação social e emocional no ambiente de trabalho. Não era necessário trabalho em equipe. Tal e qual peças de uma máquina numa linha de produção.
Vale ressaltar que a Inovação também sempre esteve presente na Era Industrial, só que era feita dentro dos departamentos de P&D com pouca gente e baseada numa liderança “comando e controle”.
Agora as empresas estão sentindo necessidade de alavancar uma grande quantidade de Capacidade de Inovação, só que para isso, precisam de pessoas com outra cultura e outra mentalidade. A empresas precisam de novas lideranças e de uma nova forma de gestão.
Conforme trabalho dos empreendedores/pesquisadores Matthew C. Le Merle and Alison Davis, publicado no Livro "CORPORATE INNOVATION IN THE FIFTH ERA", de 2017, as empresas que mais perderam valor de mercado entre os anos de 2002 e 2012 foram aquelas que não souberam inovar.
Vale a pena ler o texto abaixo, até porque os pesquisadores colocam a falta de inovação como uma falha da gestão de risco.
Biggest Losers Don’t Strategically Innovate
Our intuition was that this effort [compliance with Sarbanes-Oxley and Dodd-Frank] was not fully aligned with the root causes of corporate failure and that while avoiding breaking rules is itself an appropriate goal, the larger mission should be to avoid corporate failure.
This then raises important research questions. Are corporate failures a result of compliance failures? If not, what does cause them? And what, if any, additional enhancements can be made to corporate risk management to make it meet the larger goal of helping companies avoid failure, for example, by adding methodologies that monitor and mitigate other forms of risk, especially strategic and innovation risk?
To get at this question we analyzed the biggest losers of economic value over a ten-year period from 2002 to 2012.
The study showed that for the 103 biggest losers of economic value out of all public companies analyzed over the timeframe, over 80% of the time the reason for the significant value destruction was a strategic and/or innovation blunder, for example, being caught by surprise by a disruptive innovation launched by a competitor or new player, or by a strategic inability for a company to keep up with innovations in its industry. This was in marked contrast to the much smaller count of biggest losers who had seen their economic value decline because of risks encountered in the other three categories we analyzed.
The four categories of risk include the following:
• Strategic business risks, such as a failure to stay competitive with new innovative products or competitor strategies
• Operations risks, such as supply chain disruptions, customer service breakdowns, etc.
• Fraud, accounting, or ethics violations and other such bad practices
• External shocks that were natural, political, or regulatory in nature
The study emphasized, to an even greater degree than we had expected, that large corporate economic value declines come from an inability of the company to create innovative strategies that ensure winning in highly competitive and dynamic industry settings.
In short, while the winners in economic value creation are the most innovative companies of the Fifth Era, the losers appear to be those that can’t keep up with the new strategies of their industries and competitors: they are laggards in innovation in one way or another.
The Fifth Era and the time of transition we are going through is by definition a time of enormous change and dynamism in most industries.
The stakes on corporate innovation have never been higher.
Vale a pena também dar uma olhada nesse trecho do livro do Jeff Shuterland !!!

The world is constantly getting more complicated, and the work we do is gaining in complexity at an ever-increasing rate. Take cars, for example. I used to work on my car all the time doing basic repairs. Thirty years ago I could rebuild a radiator. Now, when I pop open the hood, I may as well be looking at the insides of a computer. Actually, that’s basically what I am doing, since a new Ford has more lines of code in it than Facebook and Twitter combined.
Jeff Sutherland (Co-creator of Scrum) and J.J. Sutherland, “Scrum: The Art of Doing Twice the Work in Half the Time”, Published by Crown Business, 2014.
Quem ainda se lembra das locadoras de fitas de vídeo?

Em relação à indústria da energia elétrica, temos acompanhado uma reformulação bastante extensa e profunda em vários países, devido às várias frentes de inovação que estão se desenvolvendo.
Podemos agrupar estas frentes de forma didática em torno de 3 grandes linhas: Geração Descentralizada; Digitalização; e Técnicas de Inteligência Artificial [3,5].
Na linha da inovação da Geração Descentralizada uma gama de tecnologias mais distribuídas, mais populares e acessíveis - incluindo demanda flexível, geração fotovoltaica, armazenamento de energia, veículos elétricos, etc. – está mudando a forma como as empresas e as pessoas físicas consumem e produzem energia. O crescente número de “prosumers” significa que os recursos descentralizados de energia estão sendo, mais e mais, controlados e utilizados de forma flexível, e sua precificação vai levar à novos formatos de mercados de energia.
Na linha da Digitalização (medidores inteligentes, sistemas de gerenciamento de energia, resposta da demanda automatizada, microrredes, etc.) o maior impacto nos sistemas elétricos se dará fazendo com que os recursos de produção e consumo ganhem novas possibilidades de gestão. Estes novos recursos possibilitam, notadamente, as denominadas Plantas Virtuais, que com a ajuda da tecnologia do Blockchain e da Internet das Coisas (Internet of Things) terão um papel relevante no futuro do setor elétrico.
Na linha da inovação da Inteligência Artificial, a Nova Era será alimentada por máquinas que pensam.
Conforme M. Frank, P. Roehrig e B. Pring em [2]:
These new machines - always “on”, always “learning” and constantly “thinking” - will soon challenge and enhance the intellect and experience of even the savviest professionals in every sector.
There’s no way to escape the gravitational pull of these new machines and the business models that enable and leverage them.
A formação de novos negócios será uma constante, requerendo surpreendentemente pouco em termos de ativos tradicionais e funcionários em período integral [4]. Enquanto isso, os consumidores ganham muito mais poder de decisão, significando que os produtos/serviços que não lhes dão um propósito confiável, definido e de maior monta, perderão a cada dia mais e mais clientes.
Muitas empresas dentro do setor elétrico ainda estão patinando nas aplicaçõe de IA. Os verdadeiros líderes reconhecem esses desafios e colocam as organizações para adotar e capitalizar a mudança, em vez de se tornarem vítimas dela.
Acreditamos que o Mercado Brasileiro de Energia Elétrico ainda tem muito para avançar e desenvolver-se, tecnologicamente, ambientalmente e socialmente. Acreditamos que ainda estamos na infância de uma Nova Era.
E aonde entra a Colaboração Aberta nisso tudo?
Uma das formas que as empresas e as pessoas estão encontrando para alavancar Capacidade de Inovação é através da participação em ecossistemas criativos para compartilhamento de ideias e experiências.
Essa nova forma de inovação está se mostrando mais efetiva e eficiente, substituindo hierarquia e burocracia, por compartilhamento e cooperação e ajudando o florescimento de equipes multidisciplinares que trabalham juntas para atingir um objetivo comum.
Queremos ajudar a criar esse ecossistema para promover uma troca de experiências quantitativas e qualitativas, em torno dos novos negócios de energia, sejam eletricidade, hidrogênio, BESS (Battery Energy Storage Systems) e crédito de carbono.
Acreditamos que os novos desafios para o setor demandam respostas dessa natureza. Somente assim podemos criar uma nova humanidade de forma socialmente correta e ambientalmente sustentável.
REFERÊNCAIS:
[1] - Klaus Schwab, "The Fourth Industrial Revolution", January 3, 2017.
[2] - Malcolm Frank, Paul Roehrig and Ben Pring, "What To Do When Machines Do Everything: How to Get Ahead in a World of AI, Algorithms, Bots, and Big Data", Wiley; 1 edition, February 13, 2017.
[3] - Andrew McAfee and Erik Brynjolfsson, "Machine, Platform, Crowd: Harnessing Our Digital Future", W. W. Norton & Company, 1 edition, June 27, 2017.
[4] - Alpheus Bingham and Dwayne Spradlin, “The Open Innovation Marketplace: Creating Value in the Challenge Driven Enterprise”, FT Press, 2011.
[5] - Ignacio Pérez-Arriaga, Christopher Knittel, et. al., "Utility of The Future - An MIT Energy Initiative response to an industry in transition", December 2016.
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